Não, não morres. Jamais morres sem ser no veredicto final, na última gota...
Pensar, por vezes, que não estamos no nosso lugar, que nos falta qualquer coisa, que não estamos a encarar os factos de frente, que há algo preso na garganta e um nó no coração ou que estamos atados de pés e mãos, sem poder fugir para uma ilha deserta, sem regras nem decretos, sem quês nem porquês - isto e mais ainda - faz-nos definhar num pseudo-coma envolto em calafrios e desassossego. Essa paragem é afinal um choque de vida...um acordar do coma, para nos lembrar que não chegou o momento final e há por aí muita coisa à espera de ser descoberta, acabada, recomeçada, completa e iniciada. Que a única motivação possível vem de dentro e somos nós a encontrá-la, no tanto que somos.
Hoje escrevi não para sarar feridas, mas para curar os medos e os anseios.
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