quinta-feira, 27 de novembro de 2008



Hoje escrevo sem título. Defino o meu estado-sem nome...submersa? quase. Porquê? Sei lá.

O "sei lá" guarda margem para tanto e tão pouco. O "sei lá" é o estado regular de alguém que não sabe para onde vai, o que vai fazer a seguir ou o que está a sentir, ou, talvez o "sei lá" seja o saber tudo isso e não saber por onde começar. E aí chegamos à ponte...posicionamos-nos no centro (não importa) e ficamos suspensos. Pensamos, por breves instantes, que se não houvesse ponte, não poderíamos estar suspensos, cairíamos...sem nenhum amparo, connosco apenas- nós e as nossas preces mudas-cairíamos agarrados à vida e aos projectos traçados-sem rumo. Mas a ponte está lá, não nos desampara, nem nos agarra, é apenas um forte, um refúgio intransigente e estático...que espera infinitamente que decidamos seguir, para um dos lados...da mesma forma que a vida nos pede uma resposta permanente aos dilemas rotineiros, da mesma forma que as escolhas nos sustentam o trilho. Que nunca acabem as pontes entre nós !

Que todos os "sei lá" obtenham uma resposta no seu devido momento...que saibamos sempre por onde começar, o destino pouco importa, havemos de lá chegar...e que os "sei lá" não nos façam demorar...