domingo, 23 de março de 2008





IN BARCELONAA !


BACK IN 7 DAYS '

sábado, 22 de março de 2008

coffee sounds good.

"Há sítios que nos fazem pensar na vida e gestos sublimes e singelos que nos envolvem ainda mais nesses mesmos pensamentos."


- Um café cheio, por favor !
Quando pedi o café à moça de vestido branco, não estava cá sequer. Sentei-me por acaso, na mesa mais recôndita da esplanada e pedi a primeira coisa que me veio à cabeça, suponho que seria o meu cérebro a exigir um energético forte...depois, puxei da caneta e do caderno e rabisquei raios e coriscos, era o que se me desvairava na alma, no momento.
A rapariguinha veio com o café e os meus bons reflexos permitiram-me observar que era meio desajeitada e até um pouco rude, e, bem... não será difícil de adivinhar que acabou por derramar o café sobre as mágoas que eu derramara no caderno...as letras fundiram-se com o café e o aroma propagou-se por toda a parte. Não, não me enfureci, cingi-me a pedir-lhe outro café...desta vez bem forte !
O meu espírito vagueava perdido e sentia aos poucos cada célula a fraquejar...
Desta vez o café chegou são e salvo ao destino, bebi-o tão lentamente que parecia estar numa prova de vinhos e fechei os olhos por um momento...imaginei a rua com os carros a passar em alta velocidade com a música no máximo, as crianças a chegarem da escola com a maior birra e as caras das pessoas, umas sisudas, outras alegres, outras entristecidas e outras até nervosas e reprimidas. Depois, imaginei-me a mim, ali sentada com um caderno embebido em café, rodeada por gente inútil, à minha volta um mundo claramente díspar e pensei apenas que se estiver a alucinar, não sou a única. Depois de tanto me questionar sobre a mesma estupidez, recordei Jorge Palma...e encontrei a resposta clarividente : " Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar"-mal ou bem ," Chega aonde tu quiseres/Mas goza bem a tua rota".

lifehouse (esta banda preenche-me)


whatever it takes...
por aquilo que sabemos estar certo, fazemos qualquer coisa.
podemos até cometer os maiores erros, e é bom que isso aconteça, porque batemos com a cabeça no fundo e quando a erguemos, sabemos que não queremos voltar a bater no fundo, daí a moral do erro. E é no erro que está o caminho da perfeição.
A vida é assim mesmo e o amor é um bom exemplo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Livre


Às vezes estou aqui sozinha com os meus devaneios, ao som da música ligeira que me vai ditando baixinho ao ouvido o que devo ou não consentir...por mais letras estapafúrdias que me inundem o pensamento, nenhuma traduz isto...porque isto é apenas isto e mais ninguém no mundo sente isto, porque me pertence, cada sentimento pertence a mim mesma, é meu e sou eu que o sinto à minha maneira....por isso, calem-se vozes plenas de sonoridade que preenchem o imaginário dos comuns e deixem-me assim, no êxtase arrebatador do meu estranho sentimento que só a mim pertence. Sem pensar, sem falar, sem olhar, fico assim, no silêncio...não há letras de canções que me dominem, ser livre de pensar e sentir é a nossa maior vitória.

Hoje vou viver em Nova Iorque, amanhã estarei de volta....

Tão bom que é sonhar sem impedimentos, sem cláusulas, sem ensinamentos.

Ser




Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...




Fernando Pessoa

segunda-feira, 3 de março de 2008

Conta-me uma história...




gosto de histórias insolúveis, que nunca têm argumento, e se desenrolam em sobressaltos, ou deslizam docemente sem rumo. gosto de histórias breves, quando os olhos se cruzam e se enlaçam e se perdem o tempo de um solo de guitarra (portuguesa?). gosto de histórias prolongadas e funestas, bordadas de ameaças ocas e vãs promessas, que interminavelmente se dobram e desdobram num cansaço doce e demorado. gosto de histórias intempestivas e brutais, cruzadas por calmarias e temporais, e que explodem em convulsões de gritos e espantos. gosto de histórias tristes, sem lágrimas, porque nelas o pranto não liberta nem sufoca. gosto de histórias alegres, sem risos, para que não nasçam gargalhadas onde a voz sangra. gosto de histórias do corpo, onde a verdade tem mil cores e as cores dos beijos são sempre luz. gosto das histórias da alma, porque são segredos profundos como fundas são as vozes que não conseguem falar. gosto de histórias que o não são porque o tempo tropeçou e enganou corações demasiado ardentes. gosto de quase histórias, como frases suspensas ou gestos esquecidos que ninguém prendeu ou arrumou. gosto de histórias, porque podem fazer ser o que nunca é. gosto de histórias...