segunda-feira, 7 de julho de 2008

Beatriz- Maria João e Mário Laginha



Há personagens que fascinam.
Fiquei fascinada com esta "Beatriz",tão maravilhosamente interpretada!

imagem desvanecida



Flutuo. Às vezes, procuro o meu lugar na profundeza, procuro um silêncio inquebrável, que não me perturbe, porque nem sempre o silêncio é imperturbável. Fecho os olhos e deixo-me afundar para te ver reflectido, nas margens de um rio qualquer, água cristalina, sons nulos, movimentos em surdina. A imagem é vaga e desvanece, já não consigo delinear-te em perfeição, dizer que fazes esta ou aquela expressão quando estás feliz, ou que repetes desenfreadamente o mesmo discurso quando estás revoltado. É melhor assim, agora já não sei os teus defeitos nem as tuas qualidades...hão de pertencer a outro lugar qualquer que não este. Guardo apenas a tua imagem desvanecida, quando, num silêncio fatal fecho os olhos e tento relembrar.

A wish




ficou-me no ouvido !

Lisboa como pano de fundo, sempre nostálgico...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um hoje repleto de amanhãs e vazio de ontens

Ao tempo que não te venho visitar...
Passo por ti, leio e releio e encosto no travesseiro o mar de ideias emaranhadas que não querem ser escritas, muito menos lidas. Quando bate a saudade, guardo-a na algibeira, quero tanto esta vida...quero mesmo, sabes ? Sim, tudo bem que às vezes me atormentas com devaneios e me pedes mais e mais e eu até tenho, até podia dar o impossível, mas não ! Deixa-me estar no meu balançado embriagado, no meu samba estridente, no meu transe musicado. Adoro, adoro...aqueles breves momentos fantasiosos em que violo a lei ( qual lei ? ) e sou livre, caminho ao som, ao sabor, ao toque e ao cheiro da felicidade e depois quando olho para trás ( quando olho ), solto uma gargalhada com um misto de nostalgia. E se me perguntares o que é....a minha resposta é uma só : Foi !
E aos poucos descubro que o passado nunca se enterra, nunca se modifica, é intocável e imortal, mas foi, não passa de passado, que nunca terá oportunidade de voltar a ser presente. Só quando deixamos entrar o " samba " no coração, é que os sentidos despertam em uníssono para um presente que é sempre mais fascinante.
Um hoje repleto de amanhãs e vazio de ontens...