quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



Sabes o que é sentir tudo? Tem-me acontecido, ultimamente...


É saber o que é bom e mau num fracção de nadas consecutivos. É caminhar despreocupada numa avenida repleta de cores, gentes, cheiros...e de repente cair num precipício, amordaçada, num desmaio estonteante provocado por um éter que adormeceu os sentidos.
Depois...um acordar irreal, relembrar os ontens que doeram e aproximar o hoje que se prevê de igual tom, depois o pior...o amanhã, esse que ninguém sabe. Será que existe alguém, para além de nós próprios capaz de arcar com as nossas consequências? alguém que nos ame incondicionalmente, que apazigue o nosso ser, que não nos deixe cair, que saiba as nossas dores e os nossos anseios, que responda por nós...quando, inevitavelmente, nos sentamos no banco dos réus. Ou será que, estamos entregues a nós mesmos? Que mesmo que não tenhamos a culpa...só seremos absolvidos com um bom argumento de defesa? E se falhar? Há lá volta a dar....
Quero acordar e saber que estás aí, do outro lado, não para me julgar, mas para me refugiar.
Porque quando lá fora há uma selva, cá dentro tem de haver um porto de abrigo...e eu não sei se há alguém que responda por nós, há coisas que nunca se sabem.



(I just want to be by your side...)

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