terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O tanto que somos...



Não, não morres. Jamais morres sem ser no veredicto final, na última gota...

Pensar, por vezes, que não estamos no nosso lugar, que nos falta qualquer coisa, que não estamos a encarar os factos de frente, que há algo preso na garganta e um nó no coração ou que estamos atados de pés e mãos, sem poder fugir para uma ilha deserta, sem regras nem decretos, sem quês nem porquês - isto e mais ainda - faz-nos definhar num pseudo-coma envolto em calafrios e desassossego. Essa paragem é afinal um choque de vida...um acordar do coma, para nos lembrar que não chegou o momento final e há por aí muita coisa à espera de ser descoberta, acabada, recomeçada, completa e iniciada. Que a única motivação possível vem de dentro e somos nós a encontrá-la, no tanto que somos.



Hoje escrevi não para sarar feridas, mas para curar os medos e os anseios.

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